Os admiradores de arte moderna, acostumados a freqüentar os museus do eixo Rio-São Paulo, vão precisar desviar a rota e seguir até Juiz de Fora. O recém inaugurado Museu de Arte Moderna Murilo Mendes abriu suas portas, em dezembro de 2005, com a exposição permanente O poeta colecionador, reunindo trabalhos de artista como James Ensor, Giorgio De Chirico, Max Ernst, Picasso, Léger, Miró, Ismael Nery e Portinari. As peças fazem parte da coleção de artes visuais do poeta e crítico de arte Murilo Mendes (1901-1975), que conta com cerca de 300 pinturas, guardadas há mais de dez anos no Centro de Estudos Murilo Mendes, na Universidade Federal de Juiz de Fora, junto com a biblioteca pessoal do escritor, com quase três mil títulos, também enviados ao MAM. Para abrigar a nova coleção, o edifício de três andares do museu foi remodelado, numa obra de R$ 1,2 milhão. “Precisávamos dar um tratamento museológico a todo esse material. O MAM está colocando a coleção de Mendes ao alcance do grande público”, explica a diretora da instituição, Valéria Cristófaro.