Naquela tarde de 21 de junho de 1970, o Estádio Azteca, na Cidade do México, estava lotado. Mais de 100.000 pessoas foram assistir à final da Copa do Mundo, disputada por Brasil e Itália. Treinado por Zagallo, o escrete brasileiro tinha entre seus titulares nomes como Pelé, Gérson, Rivelino, Jairzinho e Tostão. Pelé juntava-se a uma nova geração de jogadores, revelada na segunda metade dos anos 1960, para defender a camisa “canarinho”.
Pela primeira vez os brasileiros assistiam a uma Copa do Mundo em cores. Havia meses o regime militar usava a Seleção como instrumento da propaganda nacionalista, bem de acordo com o discurso de um Brasil que viria a ser uma potência mundial. Nas rádios ouvia-se o hit “Pra frente Brasil”, o hino futebolístico composto por Miguel Gustavo, e a esquerda brasileira jurava que, por uma decisão política, torceria contra o Brasil no torneio. Mas, mesmo com a torcida do contra, a Seleção fez bonito, cravando um placar final de 4x1. Como prêmio especial, por ser o primeiro país tricampeão mundial de futebol, o Brasil recebeu definitivamente da Fifa a Taça Jules Rimet – que trocava de mãos a cada novo campeão.