Alfredo Bosi

Marcello Scarrone

  • “Devemos estar sempre atentos”. É o que diz Alfredo Bosi logo que ouve a pergunta sobre o papel do intelectual hoje. Para o professor catedrático, ensaísta, crítico literário e membro da Academia Brasileira de Letras, isso é coisa séria.  Nos últimos 40 anos, seus livros — entre os quais há clássicos consagrados, como História concisa da literatura brasileira, em sua 46º edição — vêm levando essa missão adiante. Nos estudos de Bosi, a literatura se torna um campo de investigação sobre a formação e a caracterização de um povo.

    Filho de imigrantes italianos, ele nasceu em São Paulo em 1936. Cursou Letras Neolatinas na Universidade de São Paulo e estudou dois anos em Florença, no início dos anos 1960. De volta ao Brasil em tempos nebulosos, Bosi se aproximou dos movimentos de esquerda. Com a reforma universitária da década de 1970, não pensou duas vezes antes de se mudar para o Departamento de Letras Brasileiras, embora já estivesse lecionando literatura italiana na USP havia mais de dez anos. A paixão crescente pelo Brasil falou mais alto: “O ano de 64 foi um divisor de águas para mim. Eu me considero um sobrevivente”, completa.

    Bosi recebeu a equipe da RHBN no prédio da reitoria da USP, no Instituto de Estudos Avançados (IEA), do qual faz parte desde o começo e onde edita a revista Estudos avançados. Entre uma resposta e outra, o entrevistado tratou da literatura no Brasil colonial, especulou sobre a influência do positivismo na política nacional e defendeu o marxismo como uma maneira de se compreender a realidade. No fim, Bosi não deixa dúvidas: “Vocês estão falando com uma pessoa que acredita em reformas”.

    REVISTA DE HISTÓRIA Qual a relação entre as condições sociais e a literatura?

    ALFREDO BOSI A pergunta pode orientar uma resposta de cunho determinista. Se a pessoa tiver uma formação marxista, sua tendência é apertar muito os laços na direção de uma condição social “x”. Então, neste caso, teríamos uma obra literária “x”, uma correspondência. Isso é o que a gente chama de “vulgata marxista”, ou o marxismo vulgar. Acredito que as leituras que fiz antes da minha formação marxista, muito ligadas a Croce e ao historicismo de Dilthey, me levavam a relativizar essa relação de causa e efeito. Neste sentido, é preciso encontrar um certo equilíbrio. E aí, não há como não lembrar do que Croce nos ensina: em última instância, a literatura é um fenômeno individual.

    RH Durante o período colonial, quais são os principais exemplos dessa associação entre a literatura e o meio social?

    AB Para responder à sua pergunta, eu destacaria três nomes: José de Anchieta, Gregório de Matos e Antônio Vieira. Mas é preciso entender que até a eclosão do grupo mineiro, digamos, até tarde no século XVIII, não se pode falar em uma sociabilidade literária densa. Os autores que nós temos, aqueles que nós estudamos anteriores a meados do século XVIII, estão deslocados uns em relação aos outros. O Anchieta era capaz de escrever autos teatrais em português e em tupi. Fazia também composições poéticas, líricas, em tupi, e ainda trabalhou numa gramática da língua indígena. Mas toda a obra dele está voltada para a evangelização. Ele era um religioso, profundamente imbuído dos seus valores, e não tinha relação nenhuma com outros literatos da época. É um nome totalmente isolado. Anchieta tem um enorme valor histórico e antropológico, mas não se liga com qualquer outro autor.

    RH E Gregório de Matos?

    AB Gregório de Matos é um poeta associado ao que chamamos de barroco, que escreveu sátiras admiráveis e conhecia profundamente a literatura portuguesa e espanhola da época. Mas ele não publicou obra nenhuma no Brasil, assim como o Anchieta. E no século XVII não havia sequer uma academia em que ele pudesse exercer o seu pendor poético. É um grande poeta, capaz de satirizar o processo colonial. Alguns de seus sonetos mostram como a Bahia era explorada, como a máquina mercante trazia coisas de pouco valor e levava muitos bens coloniais. Ele tinha essa sensibilidade, mas colecionava preconceitos contra negros, índios, homossexuais, judeus. Ele tem todos os preconceitos. Não é um libertário. Que nenhum baiano me ouça. Ou seja: os três nomes fundamentais para se entender a Colônia só podem ser ligados através de uma conexão com a história, com as lutas coloniais, com o problema indígena ou do negro. Não havia um “barroco brasileiro literário”. Aliás, tenho uma história curiosa sobre isso.

    RH Poderia contá-la?

    AB Quando o professor Ungaretti veio ao Brasil em 1969 para receber o título de doutor honoris causa, nos pediu para visitar Minas Gerais. Ele já era um homem idoso, de 80 anos. Ia ser complicado andar pelas ruas de Ouro Preto, por exemplo. Pois o meu cunhado Sérgio Frederico, já falecido, o levou e tirou muitas fotos. O Sérgio tinha uma intuição fotográfica e registrou as esculturas de vários ângulos. O Ungaretti ficou maravilhado com aquilo. Ele comparava aquilo com o barroco italiano, que é todo com asas, essencialmente refinado. O nosso Aleijadinho não tem nada disso. É bem simples. Foi quando Ungaretti disse uma frase que eu sempre repito: “Não, não é barroco. É bíblico”.

    RH Este cenário das letras nacionais só mudaria com a Independência?

    AB É claro que a gente sempre pode verificar o processo anterior, a própria Inconfidência Mineira, que foi um momento de afirmação contra Portugal. Mas nada se compara ao movimento da independência, que reuniu as classes possuidoras. Foram realmente grandes proprietários que assumiram a ideia de que era preciso acabar com o monopólio português. E eles absorveram o romantismo liberal que predominava na Europa do século XIX. Por isso que o nosso romantismo é basicamente liberal, embora muitos ainda perguntem: “Como é possível que um país que tem escravidão seja liberal? Que coisa disparatada!” Não é disparatada. Os Estados Unidos também tiveram escravidão até 1861. Lá, o liberalismo econômico conviveu muito bem com a escravidão. Eu caracterizo esse período da independência como liberal, romântico e escravista. Sem que isso fosse, àquela altura, uma contradição insuperável.

    RH Como a literatura foi utilizada na construção da nação brasileira após a Independência?

    AB Em um primeiro momento do romantismo, entre 1830 e 1840, procurava-se efetivamente uma figura que simbolizasse a nova nação. Não podia ser o branco português e tampouco o negro, uma figura que lembrava a sujeição da escravidão. Quem sobrava? O índio. Gonçalves Dias e José de Alencar representam isso muito bem. O curioso é que, ao contrário do Gonçalves Dias, muitos daqueles escritores jamais tinham visto um índio. Porque os índios já estavam afastados ou dominados, não eram visíveis a olho nu como no tempo da Colônia. É justamente quando o índio vira passado que ele se transforma ideologicamente, literariamente como uma figura. E uma figura bela. Embora muitas vezes o índio apareça dentro de um viés conservador, como Iracema, de Alencar, que idolatra seus senhores brancos. É um indianismo muito ambivalente de Alencar.

    RH Até quando durou esse momento do indianismo?

    AB Ele não dura muito, mas é o período da consolidação nacional. Na verdade, podemos dizer que o ciclo romântico liberal vai até Castro Alves e a Abolição. No momento em que o império começa a declinar, a partir dos anos 70, o romantismo e as suas formas menores, como o indianismo, passam a ser substituídos por uma visão que procura ser mais realista e científica. Isto é um fenômeno ocidental. Nós temos o realismo, o cientificismo, o naturalismo, todas essas formas antirromânticas que acreditam que é a ciência, finalmente, que deve constituir o cerne da concepção humana. Essa visão, que o Silvio Romero, em 1878, chamou de “bando de ideias novas”, comportava duas correntes filosóficas fortes que acabaram criando uma nova mentalidade: o positivismo e o evolucionismo.

    RH Até que ponto o marxismo pode ser eficaz para o estudo da literatura hoje?

    AB O marxismo tem vários desdobramentos. O que me parece, como leigo, é que o marxismo se mantém como crítica da sociedade capitalista, da ideologia burguesa. Eu tratei disso em meu último livro, Ideologia e Contraideologia. O que é funesto na ideologia burguesa liberal é que ela considera como universal e natural uma sociedade que é historicamente localizada a partir da revolução industrial inglesa até hoje. Quer dizer: a sociedade burguesa industrial produziu um desenvolvimento material extraordinário e do qual nós ainda vivemos, mas perpetuou a exploração do trabalho e a divisão de classes. Os avanços capitalistas se fazem à custa de um trabalho escravo. E tudo isso é tolerado de alguma maneira, porque é considerado pelos teóricos liberais como parte da natureza humana. Então, a desigualdade sempre existiu e sempre existirá. O marxismo é uma crítica profunda e radical nesse aspecto ideológico do capitalismo. Neste sentido, ele permanece.

    RH É possível propor reformas?

    AB Sim. Foi o que eu aprendi com o Celso Furtado. Quando entrei na Academia Brasileira de Letras, ele foi uma das pessoas que me estimularam. Não faltava a nenhuma reunião, diferente de mim, que sou muito pouco assíduo por estar ainda muito preso a compromissos em São Paulo. O Celso Furtado dizia: “É preciso ter mais imaginação política. Nós não podemos repetir sempre os mesmos esquemas”. Ele era um leigo ateu conversando comigo, que ainda tinha alguma veleidade de ser cristão: “É muito bom que a Igreja nos ajude”, dizia ele um pouco antes de morrer.

    RH Como era o curso de Letras Neolatinas da USP nos anos 1950?

    AB Era muito denso do ponto de vista do conhecimento das literaturas românicas. Estudávamos italiano, francês, espanhol, literatura portuguesa, latim, filologia românica. É claro que, em tempos de historicismo como aquele do final dos anos 50, ao mesmo tempo em que nós estudávamos os textos dos grandes autores (Dante, Racine, Cervantes, Camões), nós também pesquisávamos a respeito de suas respectivas culturas. Este foi o meu primeiro curso superior. Foi quando despertou em mim esse forte interesse pela correlação entre literatura e História. Em 59, quando terminei o curso, fui convidado pelo professor Italo Bettarello para ser assistente da cadeira de italiano. Fiquei bastante honrado com o convite, mas estava um pouco hesitante em aceitá-lo.

    RH Por quê?

    AB Era uma responsabilidade muito grande. O professor Betarello era um discípulo direto de Giuseppe Ungaretti, que viveu em São Paulo nos anos 30, 40, e só voltou para a Itália quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial. Naquele momento, todos os italianos foram convidados a voltar. No caso do Ungaretti, foi uma pena. Ele era um poeta importante e dava aulas incríveis sobre Leopardi, Dante e Petrarca. Ele formou um gosto aqui em São Paulo. Então, por mais honrado que eu estivesse com o convite do Betarello, eu achava que ainda precisava estudar. Ele respondeu: “Muito bem. Então eu vou arranjar para você uma bolsa. Escolha a cidade que você quer na Itália”. Florença me veio imediatamente à cabeça. Dizia-se que era onde se falava o melhor italiano, terra de gigantes como Dante e Petrarca. Então, em 61, eu me casei e fui para a Itália.

    RH O que encontrou por lá?

    AB A Faculdade de Filosofia, o Estudio Fiorentino, ainda era muito de elite. Eram realmente pessoas que se dedicavam ao estudo sem nenhuma preocupação profissional. Ao passo que aqui, no nosso então Terceiro Mundo, todos estudavam pensando em um diploma e em uma profissão. Lá, não. No Estudio Fiorentino eu encontrei pessoas que estudavam realmente pelo amor à literatura, à filosofia. É interessante do ponto de vista ideológico também, porque, no começo dos anos 60, a Itália saía de uma hegemonia da filosofia de Croce para entrar na era gramsciana. Eu conhecia Croce. Era a minha formação. Croce é de tirar o chapéu, mas é uma filosofia idealista de fundo hegeliano. Na Itália, percebi que havia uma luta ideológica entre o liberalismo idealista e o socialismo gramsciano. Os cadernos de Gramsci estavam começando a ser publicados, e ele, depois de morto, formaria paulatinamente as cabeças da esquerda. Para mim, isso foi muito importante.

    RH Em que sentido?

    AB A minha primeira formação era idealista e muito ligada aos grupos católicos, como a Juventude da Universidade Católica. As experiências na Itália abriram a minha cabeça. Eu comecei a entender melhor certos vínculos fortes entre as letras e a sociedade, mas sem perder o enorme respeito que eu tinha por Croce, por aquela visão da literatura como expressão individual. A literatura tem algo muito ligado à pessoa. O marxismo dilui muitas vezes isso ao mostrar o escritor apenas como fruto de um contexto. Eu guardei muito dentro de mim aquilo que o Croce ensinava: olhar o texto como uma expressão pessoal, de uma vivência. O estilo como algo muito próprio dos indivíduos. Como dizem na Itália: “A época de Dante, a época de Petrarca, a época de Tarso”.

    RH Quando voltou ao Brasil?

    AB Em 62. Era um período muito curioso. O Brasil estava vivendo uma época bastante movimentada depois da renúncia do presidente Jânio Quadros. O vice, João Goulart, era temido pela direita e pelos militares, que eram fortemente anticomunistas. Eu percebi naquele momento que a minha formação, que tinha parado no que a gente chamaria de democracia cristã, quando eu ainda estava no Brasil, era insuficiente. Deveria avançar mais no sentido de entender as raízes profundas do subdesenvolvimento brasileiro, da divisão de classes e de renda.

    RH Foi quando teve um maior contato com a esquerda?

    AB Sim. A formação gramsciana que adquiri na Itália me deixou mais aberto para aquele mundo. E os estudos sociais e históricos estavam muito bem desenvolvidos na USP, graças ao grupo do Florestan Fernandes e do professor Ianni. Em 63, o presidente Goulart unificou todas as esquerdas: nacionalistas, trabalhistas, socialistas, comunistas, sindicalistas, todos juntos fizeram uma frente pelas reformas de base. E nesse momento, os cristãos de esquerda entraram assim de peito aberto. Eu já tinha a minha vida acadêmica, estava me aprofundando em Teoria Literária, e, ao mesmo tempo, permanecia envolvido por aquele turbilhão. É curioso: a minha obra posterior tem esse lado histórico muito pronunciado.

    RH Por quê?

    AB Eu não tive uma formação sociológica. Não fui aluno nem de História, nem de Filosofia. Eu estudei Letras. Então, a minha obra foi muito estimulada pela minha vida pública, pelos acontecimentos políticos. O ano de 64 foi um divisor de águas para mim. Eu sempre digo aos jovens hoje que eles não precisam estudar 64, porque eles não sabem bem o que foi aquilo, uma ditadura militar que levou 20 anos. Alguns nasceram até depois disso, não é? E eles são muito mais 68 do que 64, quer dizer, estão muito mais ligados à revolução cultural que aconteceu na França. Ao passo que para nós, de uma geração anterior, o grande corte foi 64. Nós nos vimos cortados, impossibilitados. Muitos professores foram cassados, outros fugiram. A universidade foi muito lesada naquele momento. Eu me considero um sobrevivente.

    RH Como se deu a passagem do ensino de literatura italiana para a brasileira?

    AB Institucionalmente, só passei para a literatura brasileira em 70, quando houve uma grande reforma universitária. O modelo americano se impôs. Veja: antes de 70, não havia pós-graduação. Eu não fiz pós-graduação. A gente chegava, escolhia o orientador: “Sim, quer fazer uma tese?” Se ele confiasse na gente, tudo bem. “Está bom, então você vai estudar e daqui a dois anos você volta com a tese”. Vê que paraíso. Tudo mudou com a reforma. Nós tínhamos o Departamento de Letras. Com a reforma, formaram-se vários departamentos: Línguas Modernas, Línguas Clássicas, Vernáculas. Então, nesse momento, houve a possibilidade de os professores escolherem o departamento no qual gostariam de trabalhar. E embora eu tivesse chegado à livre-docência pelo italiano, tudo me chamava para o Brasil. A situação política exigia que a gente se aprofundasse e transmitisse aos alunos aquela angústia que estávamos vivendo e os riscos que a alienação podia produzir. Então, escolhi a literatura brasileira. Eu já havia defendido duas teses acadêmicas. Eu já estava, vamos dizer, encarreirado academicamente. Mas achei melhor mudar, e fiz bem.

    RH Qual é o papel do intelectual hoje?

    AB Acho que um dos nossos papéis é ver melhor, perceber melhor o que está acontecendo, principalmente no nível das classes subalternas. Devemos estar sempre atentos a problemas de caráter ideológico e preparados para desmascarar e criticar a fundo as ideologias que paralisam o desenvolvimento social. Além disso, temos, evidentemente, o objetivo de propor debates. Não se pode esquecer isso, que o intelectual, sobretudo o professor, está em contato com as novas gerações, com as quais ele deve debater constantemente.

    RH O senhor ainda se considera um pensador de esquerda?

    AB Sim. Isso se você não colocar na palavra “esquerda” aquele rótulo do chamado marxismo vulgar, mas alguém que, em primeiro ligar, considera que a iniquidade social continua, e, em segundo, que essa injustiça precisa ser corrigida. Bom, isso significa que você está falando com uma pessoa que acredita nas reformas. Eu acredito nas reformas estruturais e acredito que o Estado tenha ainda uma responsabilidade muito grave nas reformas sociais. A direita também mudou. São os liberais puros, aqueles que não querem intervenção nenhuma do poder público e acham que a sociedade deve ser feita na base da concorrência. Até tem uma palavra horrível que eles usam: competitividade. Eu acho uma palavra horrível. Competitivo é o contrário de solidário.


    Verbetes

    Benedetto Croce (1866-1952)
    Historiador e filósofo italiano, de formação e orientação liberal.

    Wilhelm Dilthey (1833-1911)
    Filósofo e psicólogo alemão, frequentemente associado ao historicismo (tendência filosófica que considera a realidade como o produto de um devir histórico).

    Silvio Romero (1851-1914)
    Crítico literário, ensaísta, folclorista e professor brasileiro. Em sua produção se destacam obras sobre o folclore nacional e a História da Literatura Brasileira.

    Celso Furtado (1920-2004)
    Economista brasileiro, participou da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), órgão da ONU, e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Ministro no governo de João Goulart, sua obra principal é Formação Econômica do Brasil.

     Antonio Gramsci (1891- 1937)
    Jornalista, filósofo e cientista político italiano, foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano, em 1921. Condenado a vinte anos de prisão em 1927 pelo regime fascista, escreveu os Cadernos do cárcere durante esse período. Com uma saúde frágil, morreu na prisão.
    Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 -1831)
    Filósofo alemão, autor da Fenomenologia do Espírito, representa o ponto mais alto da corrente filosófica do idealismo alemão do século XIX.

    Florestan Fernandes (1920-1995)
    Octavio Ianni (1926-2004)
    Sociólogos brasileiros, fizeram parte da chamada escola sociológica paulista.


    Obras do autor

    Ideologia e Contraideologia. Companhia das Letras, 2010.
    Literatura e Resistência. Companhia das Letras, 2002.
    Machado de Assis. Publifolha, 2002.
    Machado de Assis: o enigma do olhar. Ática, 1999 (4ª ed., 2007).
    Dialética da colonização. Companhia das Letras, 1992 (4ª ed., 2001).
    História concisa da literatura brasileira. Cultrix, 1970 (46ª ed., 2010).
    O Pré-modernismo. Cultrix, 1966 (5ª ed., 1979).