Bebida familiar

Cristina Romanelli

  • A cachaça pode ser uma das bebidas mais tradicionais do país, mas a cerveja ultrapassa fácil em popularidade. Principalmente em Santa Catarina, onde começou a ser produzida por imigrantes alemães no século XIX. A família do mestre cervejeiro Rupprecht Loeffler (1917-2011) é um exemplo. Sua cervejaria, a Canoinhense – instalada na cidade de Canoinhas –, e os frequentadores do local estão no documentário “Cerveja falada”, lançado em DVD e que em breve estará na Internet.

     


    O cervejeiro Rupprecht Loeffler (1917-2011) degustando uma de suas criações [divulgação]

    A bebida sempre fez parte do dia a dia das famílias. Muitos vizinhos da fábrica, no Vale do Itajaí, começaram a produzir para consumo próprio, passando a técnica de pai para filho. “A cerveja estava em todas as festas. Também era vista como alimento, recomendada para mulheres grávidas e para fortalecer o corpo”, diz Beatriz Valladão Thiesen [Ver RHBN nº 45], historiadora da Universidade Federal do Rio Grande.

    Com a chegada de concorrentes maiores e a dificuldade para importar ingredientes durante a Segunda Guerra Mundial, muitas fábricas faliram. “A situação agora é outra. Dezenas de microcervejarias surgiram nos últimos anos, e ainda há espaço para mais”, conta Guto Lima, produtor e um dos diretores do filme. As cervejas artesanais atraem cada vez mais gente em busca de um produto diferenciado. Começa a surgir na região o turismo voltado exclusivamente para as cervejarias. Essa nova etapa pode ser vista em outro documentário que está nos extras do DVD, junto com entrevistas e fotos antigas.

    Encomenda do DVD “Cerveja falada”
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