Quando se aposentou, em 2006, Berenice Cavalcante deixou como legado uma vasta produção bibliográfica, entre livros, pesquisas e artigos, e o prêmio da Academia Brasileira de Letras recém-conquistado pelo estudo sobre Afonso Arinos de Melo Franco. O trabalho como pesquisadora, entretanto, nunca esteve apartado da sala de aula e do contato com os demais professores. Pelo contrário, da vivência na universidade, nos quentes anos que antecederam o golpe de 1964, à atuação na pesquisa, a professora aposentada que lecionou na UFF e na PUC-Rio sempre soube incorporar ao seu ofício o que aprendia com outros departamentos e disciplinas. Resultado, talvez, da sua sólida formação em função do ensino.
O compromisso com o magistério, que começou aos 18 anos, sempre a acompanhou: “só não dei aula no maternal”. Na universidade essa vocação ganhou o aval e a orientação de ninguém menos que Maria Yedda Linhares, a quem Berenice reconhece: “ela me formou como professora”. Desde então, aproveita a ambiência acadêmica incorporando ideias e debates à sala de aula e às suas pesquisas.
Em sua casa, no Rio de Janeiro, Berenice recebeu a equipe da Revista de História e dividiu com ela um pouco da sua trajetória. Falou sobre a antiga Faculdade Nacional de Filosofia e a grande diversidade de temas que abordou em sua carreira. O resultado, que pode ser conferido nas páginas seguintes, é a história de uma professora dedicada ao ensino da história da forma mais ampla e generosa possível.
Revista de História – Como tem sido a vida após a universidade?
Berenice Cavalcante – Muito diferente, embora eu não esteja fazendo exatamente o que eu imaginava fazer. Eu gostaria de ter disponibilidade para fazer outras coisas. Quando me perguntavam quais coisas seriam, eu dizia que não sabia. Precisava descobrir. Embora eu tivesse em mente três coisas. A primeira, música, voltar a ter alguma relação com um instrumento musical. Eu também tinha vontade de lidar com a biblioteca do meu avô, que tem livros muito velhos, que precisam ser encadernados. A terceira coisa é escrever histórias infantis. Tenho esboços no computador, mas ainda não deu para levar muito à frente. Leio bastante, isso ainda consigo fazer, coloco em dia meu atraso com a literatura. É isso. Eu me dediquei muito à minha profissão, que é muito exigente.
RH – Existe uma larga carreira no magistério anterior à universidade?
BC – Sim. Comecei a trabalhar muito cedo, com 18 anos, sempre como professora. Eu me formei como professora primária, algo muito comum na minha geração. Trabalhei com alfabetização, turmas mais avançadas, só não dei aula no maternal.
RH – Então, quando e como a história entrou na sua vida?
BC – Talvez a melhor forma de responder a isso seja sem obedecer à ordem cronológica, seja começar pelo episódio do doutorado. Quando fui a São Paulo fazer a entrevista com meu futuro orientador, acho que em 1976, ele me disse que eu teria que fazer um memorial, quer dizer, narrar a trajetória acadêmica e dizer por que escolhi esse tema para fazer a tese. Voltei extremamente preocupada. Pensei: eu tenho que explicar academicamente? Esse professor está supondo que a minha vida profissional é muito organizada, com um norte, uma direção, com uma questão investida desde cedo... vai ser difícil. Fiquei pensando em começar a dizer como cheguei à universidade.
RH – E como foi?
BC – Nessas seis horas de viagem entre São Paulo e Rio, no ônibus, pensei em como cheguei à Faculdade de Filosofia [FNFi]. Eu me lembrei que tinha vontade de estudar duas coisas. História ou Astronomia. Isso dá um pouco a dimensão do que é a minha ambiência familiar. Eu tinha um convívio cerimonioso com meu avô, mas duas coisas aconteciam. Primeiro, quando ele falava comigo, geralmente depois de um jantar, ele me contava histórias sobre as Cruzadas ou Napoleão. Ele era um autodidata, adorava o século XIX. Por outro lado, ele mostrava as constelações, o céu. Ele escolheu meu nome por causa de uma nebulosa. Além disso, eu tinha uma grande amiga que queria estudar história. Na escola, eu tinha dois professores de história muito bons e um péssimo de física. Um grande medievalista, que depois de 64 manchou seu nome, que nem merece ser mencionado aqui, e a outra, uma professora que era uma mulher muito interessante. Dirigia o próprio carro nos anos 50, morava no Centro. Tudo isso me levou a FNFi, onde a formação era muito diferente da de hoje. Era um curso que te preparava para ser professor – essa ideia do professor-pesquisador não existia. Eu dava aula de manhã e à tarde eu fazia faculdade, que era no Centro da cidade, do lado da embaixada da França.
RH – Os professores fizeram a diferença.
BC – O papel do professor é sempre muito importante. Na FNFi, por exemplo, eu tenho duas histórias díspares. Uma era com o professor Hélio Viana. Sempre fui muito estudiosa, mas eu comecei a achar a aula dele muito chata, um tédio. Ele tinha uma visão empírica, com muita cronologia... Eu me lembro de um trabalho que fiz sobre Calabar. Estava incomodada com essa coisa de bem e mal e convencida de que não tem mal nenhum escolher o lado holandês. Eu fui pra casa, fiz o trabalho em folha de papel almaço, escrito à mão e entreguei. Eu estava muito distraída, quando vi o Hélio Viana esbravejando justamente com as teses que não admitem que Calabar seja um traidor. Esperei a aula acabar e disse: professor, o senhor me desculpe. Eu esqueci de assinar meu trabalho. No fim do trabalho tinha um finzinho de linha no qual defendia minha tese de que ele não era um traidor. Daí, coloquei uma vírgula e escrevi: “o que é evidentemente um absurdo”. A segunda história é o contrário. (Risos) Quer dizer, com todo o respeito ao trabalho dele, não me ajudava a compreender o processo histórico. Diferente da outra professora.
RH – Quem era ela?
BC – Era a professora Maria Yedda Linhares. Eu fico até emocionada em falar dela. Ela foi a primeira mulher catedrática, isso antes dos 40 anos. Era uma pessoa muito entusiasmada. Ela acreditava na educação, no estudo da história. Fazia grupo de estudos com os alunos em uma sala no quinto andar. Os assistentes dela na época eram o Francisco Falcon e o Hugo Vaz. Com eles e a Yedda, eu descobri uma outra forma de lidar com a história.
RH – E como começou a relação com ela?
BC – Apesar de ter sido reprovada numa disciplina dela, o que me deixou arrasada – não fazia parte do meu currículo – quando me formei, ela me chamou para ser assistente dela. Eu comecei a dar aula de história do mundo contemporâneo para turma de comunicação como horista. Eu me formei em dezembro de 1963 e comecei a fazer um seminário num curso que ela ministrava.
RH – Como era o trabalho com ela?
BC – Ah, eu diria que ela me formou como uma professora. Ela lia meu plano de curso, a bibliografia, as provas que eu ia aplicar. Mais do que isso: não existia pós- graduação. Ela tinha uma visão tão rica do que seria uma carreira universitária que me lembro de uma reunião na casa dela em que ela já combinava uma escala entre os assistentes para fazerem pós na França. Eu era obviamente a última da fila. Mas a França acabou não acontecendo.
RH - Por quê?
BC – Em 1968 a Maria Yedda foi aposentada. Eu fiquei só trabalhando como professora no estado, eu tinha casado, peguei uma licença, minha segunda filha nasceu em 1968, fiquei quieta no meu canto. Aquele golpe era uma coisa tão desvairada, estava fazendo razia na universidade. Voltei para a escola para dar aula em colégio público. Sempre mantendo contato com Falcon e com o grupo de professores.
RH – Como era a faculdade naquela época?
BC – A universidade naquela época, entre 60 e 63, era muito viva. Eu tinha um amigo que dizia que o Kremlim não fazia nada sem antes consultar os estudantes da FNFi. Na faculdade, eu comecei com um grupo de estudos, todos muito politizados, e descobri que estava fazendo um curso de história muito diferente daquilo que aprendera até então.
RH – Quando voltou pra universidade?
BC – Acho que em 1971, ou 1972, quando o Falcon me chamou para dar aula em Petrópolis. Nessa altura ele estava organizando a pós-graduação da Universidade Federal Fluminense. Fiz prova e passei. Daí que fui tomar conhecimento dessa coisa da pesquisa, da possibilidade de você criar um campo de conhecimento além dos livros publicados. Fiz o mestrado e outras possibilidades se abriram. Eu terminei o mestrado em 1974 e apareceu um concurso. Eu era professora de história moderna e contemporânea, mas passei em segundo lugar nesse concurso de Brasil. Fiquei na UFF. Depois fiz um segundo concurso e voltei para a área de moderna e, de lá, uns três anos depois, resolvi fazer o doutorado.
RH – A ida para Paris acabou não acontecendo?
BC – Sim. Por duas vezes. A primeira, essa de 1968 de que falei; a segunda mais pra frente, quando já estava na PUC [Rio]. Eu ia fazer um pós-doutorado com François Furet. Já tinha feito uma entrevista com ele. Bom, daí também pelas circunstâncias da vida, casada, com duas crianças... Era complicado mudar para Paris. Eu tinha sido aceita, mas não me arrependo de não ter ido. Eu estava tão maravilhada com as possibilidades da PUC, como professora, como orientadora! Eu digo que não deixei de fazer astronomia, mas descobri novos mundos. Eu não queria me desligar daquela coisa.
RH – Como a PUC entrou na sua vida?
BC – Quando comecei a fazer o doutorado, fui chamada para a PUC como horista. Naquela altura ainda tinha uma estrutura de ciclo básico, aos poucos a gente foi mudando o formato do programa. Eu diria que entrar ali foi importante na minha formação. O Ilmar [Rohloff de Mattos] tinha uma posição, pensava o departamento e as questões de educação, enfim, ali tinha um grupo interessantíssimo de professores. Fiz o doutorado em São Paulo e logo em seguida a PUC começou a criar os programas de pós-graduação.
RH – Você participou da criação?
BC – Sim. Nessa altura, o Centro de Estudos Sociais da PUC tinha como decano Isaac Kerstenetzky, um economista muito erudito que foi grande entusiasta da criação da pós-graduação. No Departamento de História foi montada uma comissão para apresentar uma proposta. Estávamos eu, o Ricardo Benzaquen, o Carlos Zílio. Depois a proposta foi discutida com o departamento inteiro. E acho que foi um sucesso, porque a primeira inscrição teve mais de cem candidatos. Levamos uns cinco dias para fazer prova oral com todos.
RH – Foi uma grande mudança?
BC – Ah, sim, nessa altura, para atender às exigências da Capes, do CNPq, os professores tinham que ser de tempo contínuo, não horistas, e precisavam ter pesquisa. O Departamento de História foi o primeiro a receber financiamento da Finep. Montamos esse projeto e ela foi a primeira a levantar a bandeira da história social da cultura. Eu me lembro da banca, e honestamente eu não fazia isso por maldade. Tinha uma pergunta que eu gostava de fazer ao candidato: faz alguma diferença se ao invés de história social da cultura o programa se chamasse história da cultura social? Eu realmente estava pensando a respeito. (Risos) Havia uns que encaravam.
RH – Por que a PUC foi importante na sua formação?
BC – O contato com as pessoas lá foi fundamental. No doutorado, por exemplo. Depois da vivência com essa coisa da esquerda, movimento estudantil, resolvi fazer uma tese sobre o Partidão [PCB]. Nessa altura, 78, já existia uma discussão sobre a abertura, a volta do [Luiz Carlos] Prestes. O [George] Avelino, hoje professor da FGV, me ajudou, pesquisando para mim na Biblioteca Nacional. Montei os quatro capítulos com a trajetória dos intelectuais do PCB. O problema é que quando eu e o Avelino líamos jornais, o material, a gente não entendia direito aquilo, eu dizia: “não estou entendendo esse discurso do Prestes”. Alguma coisa não fechava. Parecia que não tinha coerência. E foi esse contato na PUC que me ajudou.
RH – Como?
BC – Eu estava desesperada, mas na PUC, naquele período, estávamos nos aproximando muito do Departamento de Filosofia, para não ficar só na coisa empírica, para ganhar mais fundamentos teóricos. Fui fazer um seminário com o Eduardo Jardim e aí se abriu outra galáxia para a astrônoma falida, que foi a leitura da Hannah Arendt. Quando eu li Sobre a revolução e As origens do totalitarismo, a ficha caiu. Eu entendi porque aquela tese não fechava, porque a papelada que o Avelino coletava, entre um jogo e outro da Copa do Mundo [82], não encaixava. Quando eu vi o que era um líder totalitário, eu entendi o que o Prestes falava, o que me valeu algumas inimizades, mas... tudo bem.
RH – Pesquisa, ambiente e teoria se misturavam.
BC – Sim, e eu tive pessoas excelentes na minha vida profissional. Essa relação com a filosofia, por exemplo, me injetou sangue novo e ajudou nessa nova fase. Depois do doutorado, de ter abandonado a ideia de Paris, comecei com essa coisa que foi um dado novo, algo que não tinha nada a ver com a minha formação, que é esse compromisso do professor com a investigação. Daí me tornei bolsista do CNPq, fiz lá as pesquisas que resultaram em alguns livros.
RH – Como escolheu os temas de pesquisa?
BC – Caio Prado Júnior foi o primeiro projeto, ele tem uma interface com os intelectuais comunistas. Na PUC eu estudei um pouco historiografia brasileira, a gente tinha no programa essa disciplina, história da historiografia, daí apresentei um projeto sobre Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda. Foi meu primeiro projeto no CNPq. Não me meti com Gilberto Freyre porque ele tinha sido alvo da tese do Ricardo [Benzaquen], imagina... Escrevi alguns artigos e participei de alguns seminários.
RH – Foi quando começou a carreira como pesquisadora?
BC – Sim, comecei essa outra face, fazia parte da profissão participar de seminários internacionais, falar com essas pessoas, ter conexões. Foi assim que conheci o François Furet, na ocasião do seminário de 200 anos da Revolução Francesa, em 1989. Ele não foi, mas eu fui para o Seminário em Paris, e foi quando conversamos.
RH – Foi no mesmo período em que escreveu seu livro sobre a Revolução Francesa?
BC – Sim, o Jaime Pinsky, que era editor, queria um livro de 100 páginas e de uma forma que o professor do segundo grau pudesse ler. Gostei muito de ter feito esse livrinho. Nele, ao invés de discutir o quanto a Revolução foi jacobina ou precedeu à russa, eu tento cruzar os argumentos da Hannah Arendt com os do François Furet. Depois disso apresentei um projeto sobre Iluminismo.
RH – Seus temas parecem seguir uma certa lógica.
BC – Eles não vieram por acaso. Tem isso da exigência da vida profissional, mas também os frutos que ia colhendo na pós, desses contatos, dessa vivência. Eu comecei um tipo de pesquisa que era para trazer esse cabedal dos movimentos intelectuais na Europa que criavam para mim um panorama de conceitos e instrumentos teóricos – e claro que os cursos me permitiam aprofundar isso – para entender pensadores brasileiros. Comecei com o José Bonifácio, que terminou em livro também. Isso já era na década de 90 e passamos por mais uma mudança no curso.
RH – Foi quando partiu para estudar Afonso Arinos?
BC – Sim, mas eu sozinha talvez jamais chegasse a ele. Felizmente eu não era um ser isolado. Eu estava integrada nesse grupo com o qual eu tinha grande afinidade intelectual e afetiva, e nos tornamos grandes amigos. Na mudança dos programas de pós, quando aprendemos com a experiência do mestrado e começamos a planejar o doutorado, montamos um grupo para fazer contato com outros departamentos e instituições. Foi dessas conversas, da possibilidade de ter uma interface com esse grupo, que pensei em usar o instrumental teórico dos pensadores europeus para estudar esse intelectual. Não tinha nada publicado sobre o Afonso Arinos de Mello Franco.
RH – Esse foi um trabalho premiado, não?
BC – Eu fiz a pesquisa e foi uma enorme sorte a Academia Brasileira de Letras fazer o concurso para comemorar os 100 anos de nascimento dele. Fiquei trancada de agosto a dezembro. Entreguei. Eu me lembro que estava na PUC, na minha mesa, quando o telefone tocou e me deram a notícia. Eu pulava tanto!
RH – Isso foi em 2006. Por que se aposentou logo em seguida?
BC – Eu pensei: esse departamento está cheio de jovens, cheio de sangue novo, eu acho que já interagi com alguns deles, eu gostaria de sair da PUC nesta situação. Poderia dar um fecho alto astral para minha carreira, que era fazendo o que eles queriam que você fizesse: publicando e ganhando prêmio. Eu acho que vou embora agora. Obviamente, em alguns aspectos, não foi uma decisão fácil, eu sabia que ia ser uma guinada. Depois de tanta vivência lá... Gostava muito de dar aula, tinha um retorno muito bom de alunos. Eu sabia que não seria fácil. Tinha uma relação muito afetuosa com as secretárias do departamento. Tentei manter, na medida do possível, o contato, mas tem uma hora que você tem que sair, e eu não gostaria de sair por baixo. Queria sair feliz e com a consciência de que tinha dado uma contribuição.
RH – Entre seus trabalhos se encontra o livro Modernas tradições, que continua sendo usado até como material didático. Como ele surgiu?
BC – Numa dessas reformas curriculares, quando criamos as disciplinas de história moderna. Nós montamos uma equipe. Aquele livro é simplesmente o resultado das reuniões que fazíamos para discutir o programa das três disciplinas [são três módulos], como elas iam conversar entre si. Criamos um conceito central, no caso, secularização, através do qual se organizavam as disciplinas. Aquilo deu muito trabalho. Foi fruto de uma experiência de reuniões, mas também de sala de aula. Nós montávamos provas juntos, daí a experiência com a Yedda. Criávamos questões em comum nas três disciplinas. Por isso ele funciona. O milagre é esse. Não lembro em que pé está, mas acho que esse livro deveria estar disponível na internet.
RH – Hoje esse tipo de material é cada vez mais raro. As agências financiadoras incentivam mais periódicos acadêmicos do que livros.
BC – As notícias que eu tenho confirmam isso.
RH – E como vê o trabalho dessas agências?
BC - Sem comentários... pano rápido. Eu acho que saí na hora certa. Já começava a sentir um certo desconforto. Quantificar as coisas é muito difícil. Não sei, tenho que ter cuidado com isso, com essa nostalgia que temos muitas vezes de achar que a nossa vivência, a nossa experiência foi melhor do que aquelas dos de agora. Eu tento não entrar nessa melancolia.
GLOSSÁRIO
Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi)
Fundada em 1939 por Getulio Vargas, a faculdade foi extinta em 1968 pelo governo militar e foi unificada a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Afonso Arinos de Melo Franco (1905-1990)
Jurista, político, historiador e ensaísta brasileiro. Foi eleito senador em 1958 e no mesmo ano foi aceito na Academia Brasileira de Letras.
Isaac Kerstenetzky (1926-1991)
Economista nascido no Rio de Janeiro, filho de imigrantes judeus do Leste europeu. Estudou com o Prêmio Nobel Jam Tinbergen, na Holanda, e foi presidente do IBGE entre 1970 e 1979.
François Furet (1927-1997)
Historiador francês especialista em Revolução Francesa. Seu trabalho lhe rendeu alguns dos mais prestigiosos prêmios, como o Tocqueville (1990) e o Prêmio Hannah Arendt para pensamento político (1996).
Maria Yedda Leite Linhares
Historiadora brasileira. Estudou no Institute of Internacional Education, em Nova York, e foi professora em diversas instituições no país.
Domingos Fernandes Calabar (1600-1635)
Senhor de engenho em Pernambuco, ficou conhecido na historiografia como traidor da causa portuguesa ao se aliar aos holandeses que invadiram Pernambuco em 1630.
Obras da autora
José Bonifácio. Razão e sensibilidade, uma história em três tempos. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2001.
A revolução francesa e a modernidade ocidental. São Paulo: Contexto, 1991.
Passaporte para o futuro. Afonso Arinos, um ensaísta darepública. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005.
Modernas tradições: a formação da cultura ocidental (org). 1. ed. Rio de Janeiro: Access, 2002.
Berenice Cavalcante
Bruno Garcia