Depois de ser derrotado por Hermes da Fonseca nas eleições presidenciais de 1910, Rui Barbosa voltou ao Rio para retomar sua cadeira de deputado. Antes, estava em São Paulo, ocupado com sua campanha. Na charge de O Malho, ele – a grande cabeça da República – parecia um tanto cabisbaixo na estação ferroviária. Também, pudera... Sua bagagem trazia discursos e desilusões.
O regresso da Águia:
Zé Povo: – Aqui estou mais uma vez a receber e saudar o eminente brasileiro que regressa da Paulicéia para a terra carioca, naturalmente a servir a causa da pátria com seu enorme talento...
Ruy: - Sim: “O civilismo é um fato histórico, é uma afirmação de força, que cada vez mais vida tem”...
Zé Povo: - Perdão, conselheiro! O civilismo pode ser tudo isso, mas a causa da pátria é o sopitamento das paixões políticas, para se conseguir a paz, a concórdia e a harmonia entre todos os brasileiros, afim de que o Brasil progrida sem tropeços nem abalos. Se V. Ex. não pensa assim e está disposto a remexer na panela das mixórdias políticas... pode ser que isso agrade muito aos desocupados e aos amadores e profissionais do “rolo” permanente; mas será uma espiga para o meu bem estar, e eu, com as saudações calorosas que ora lhe faço, não poderei deixar de acrescentar: temos o caldo entornado!...