Mais parecia uma antiga redação de jornal. No palco, os jornalistas Argemiro Ferreira e Claudio Bojunga. Na plateia, os colegas de profissão Milton Temer, Marcos de Castro e um time da imprensa, escritores e historiadores veteranos – alguns eram tudo isso junto. Era mais um Quarta às Quatro, evento semanal de debates realizado na Biblioteca Nacional, com o tema “Jornalistas escritores”.
Oficialmente, o encontro termina às 18horas. Mas a conversa geralmente toma um rumo que não tem hora para acabar. Do auditório Machado de Assis, convidados e espectadores migram para o corredor ao lado, até os seguranças pedirem licença para fechar o salão. “O papo nunca termina aqui. Sempre tem um grupo que acaba se estendendo num bar ou restaurante das redondezas”, diz Vitor Iorio, professor da UFRJ e curador do evento desde sua primeira edição, há quatro anos. Ele mesmo não resistiu e esticou o encontro algumas vezes para além das portas da BN.
De quarta em quarta, Iorio já dividiu o microfone com quase 200 debatedores, que falam de música, literatura, política e educação, entre outros temas. “É uma iniciativa que deu certo justamente por essa diversidade”, acredita Suely Dias, coordenadora do setor de eventos da Biblioteca Nacional. (...)
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De papo na biblioteca
Bernardo Camara