A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, acontece em junho na cidade junto com diversas iniciativas, como a volta do Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro [em junho, a RHBN vai trazer um Especial sobre o tema. Na edição de maio, o texto A árvore da vida já fala sobre a relação entre homem e natureza ao longo da História]. O espaço, primeiro da América Latina dedicado ao tema, havia sido inaugurado em 1998, mas foi fechado para adequar sua sede – um prédio de 1912 – ao novo projeto de museu. No início haverá uma exposição temporária, mas, até 2014, dois prédios anexos ecologicamente corretos serão construídos para abrigar a exposição de longa duração e um auditório.
“Agora vamos começar o programa educativo, para que os jovens tenham vivência das questões ambientais no museu e depois levem para casa. Também teremos divulgação científica na Internet e aqui, com palestras, consultas ao acervo audiovisual e documental digitalizado e até um fórum ambiental”, conta Lídia Vales, chefe do museu.
A segunda etapa do projeto, que inclui a exposição de longa duração, ainda está sendo elaborada, mas toda a temática do museu será sobre a relação do homem com a natureza. “Do ponto de vista intelectual, a preocupação com o meio ambiente existe desde o século XVIII. Mas, dos anos 1960 pra cá, ela se espalhou e passou a envolver a sociedade civil e governos. O Brasil, que sempre foi valorizado pela diversidade natural, tem obrigação de participar desse debate, e o museu é uma boa iniciativa”, afirma o professor José Augusto Pádua, da UFRJ, especialista em História Ambiental.
Ele voltou, agora pra ficar
Cristina Romanelli