Esquerda? Direita? Comunismo? Socialismo? Presidencialismo? A historiadora Vavy Pacheco Borges garante: “Tudo isso era realmente possível em 1932”. Ela sabe do que está falando. Os diversos interesses que levaram à Revolução Constitucionalista e à memória ambígua sobre o conflito foram tema do seu mestrado, do doutorado e de alguns livros, especialmente o seminal Os sentidos do tenentismo – memória, história e historiografia (Brasiliense, 1992).
Professora aposentada da Unicamp, Vavy lembra o ódio a Getulio Vargas, as histórias da mãe sobre os soldados e o engajamento popular: “A Revolução de 32 me acompanhou desde o berço, como se fosse um grande feito”. No entanto, foi seguindo um conselho de seu então orientador na USP, Sérgio Buarque de Holanda, que ela resolveu pesquisar jornais antigos e começou a estudar o assunto.
Em sua casa, em São Paulo, Vavy falou não só sobre o contexto conturbado do início dos anos 1930, como também sobre o que restou da Revolução. Para ela, embora as pessoas não saibam mais o que foi o conflito, 1932 ainda está muito presente na cidade: “São Paulo deve ser a única capital do Brasil que não tem uma Avenida Getulio Vargas”. Ela falou também sobre seu recente fascínio pelas biografias e sobre o livro e o documentário que anda preparando sobre o cineasta Ruy Guerra. “Estou me lançando em uma atividade de registro de memória e história que não tinha feito até hoje. E estou gostando muito”.
REVISTA DE HISTÓRIA De onde veio seu interesse pela Revolução de 1932?
VAVY PACHECO BORGES Eu nasci em uma família “quatrocentona”. Quer dizer: meus ascendentes maternos chegaram a São Paulo há 400 anos. Meus avós usavam aliança de ouro para o bem de São Paulo, ou seja, contribuíram para os gastos da guerra. Minha mãe contava dos namoradinhos soldados que ela tinha quando era bem jovem, durante a luta. Ela dava mais cigarros para um do que para outro, tecia cachecóis para eles... Então, a Revolução de 32 me acompanhou desde o berço, como se fosse um grande feito. O curioso é que, quando entrei na faculdade, esse assunto não veio à baila. O tema só me despertou na pós-graduação, em 1966. Foi justamente quando abriu o curso de mestrado na USP. Meu orientador era o Sérgio Buarque de Holanda.
RH Como foi a experiência de ser orientanda dele?
VPBO Dr. Sérgio, como o chamávamos, instigava a gente, logo no primeiro mês de curso, perguntando que pesquisa a gente gostaria de fazer. Eu não tinha a menor ideia. Até porque, entre a graduação e a pós, fiquei parada por uns quatro anos, casei e tive dois filhinhos. Então, ele primeiro me sugeriu umas coisas que eu detestei, tipo estudar as monções para mapear não sei o quê... Nem me lembro mais. E eu: “Não, Dr. Sérgio, isso não me interessa, não tenho a menor vontade”. Aí ele falou: “Bom, mas do que a senhora gosta?” Eu, muito ingenuamente, respondi que gostava de gente, de política e de ler jornais. “Então, vai ao arquivo e vê lá se sai alguma inspiração”, ele me aconselhou. Eu fui e, por acaso, peguei O Estado de S. Paulo de 1926. Vi que a publicação elogiava tremendamente Getulio Vargas, e não entendi aquilo. Eu vinha de uma família ligada à burguesia, que tinha toda uma afinidade com o Estadão. Então, como é que aquele jornal poderia, em 1926, elogiar o Getulio Vargas?! A minha família odiava o Getulio. Eu resolvi pesquisar como se deu essa mudança. Foi por aí que comecei a estudar a Revolução de 1932. O título do mestrado foi “História de uma esperança e muitos desenganos”!
RH Então, tudo começou com um conselho do professor Sérgio Buarque?
VPB O conselho dele foi fundamental. Mas acho que o meu interesse pessoal pelo tema é que me levou à Revolução de 1932. Sempre que vou orientar um trabalho ou estou em uma banca, pergunto: “Por que você escolheu esse tema?”. É muito importante a pessoa perceber a sua ligação emocional com o assunto.
RH Não existe trabalho totalmente objetivo, não é?
VPB É impossível, embora, como historiadores, tenhamos a obrigação de fazer um trabalho o mais objetivo possível. Então, é muito importante ter consciência dos motivos que ligam você ao tema. Eu cheguei a participar de uma passeata para derrubar Getulio Vargas, em 1954, com a minha mãe. E quando ele se suicidou, nós duas perdemos o sono, ficamos, assim, apavoradas. “Meu Deus, o que a gente fez?”. Então, a minha ligação era muito forte. Uma vez encontrei a Alzirinha, filha do Getulio, em um voo para Paris. Falei para ela: “Estou estudando seu pai.” Ela me perguntou: “O que você está estudando?”. “Estou estudando a ligação dele com São Paulo”, respondi. “Ô, mas que assuntinho quente, hein?”.
RH Ainda há uma disputa em torno da construção da memória da Revolução de 32?
VPB Isso é muito engraçado. Uma das funcionárias do Museu da Polícia Militar me perguntou certa vez: “Professora, eu gostaria que a senhora me explicasse por que essa Revolução de 32 é a única guerra que os que perderam são os que comemoram e os que ganharam não querem nem saber”.
RH Este foi um dos aspectos do seu estudo?
VPB O título do meu doutorado é “Os sentidos do tenentismo. Memória, História e Historiografia”. Acho impossível desligar essas três coisas. Eu estudei a relação de Getulio com a oligarquia. A maioria dos livros indicava a luta política nacional nesse momento como um conflito entre o tenentismo e as oligarquias. Essas disputas desembocaram na Revolução de 32. E até hoje a memória da Revolução de 32 está ancorada nessa luta. O Getulio chamou o conflito de uma “aventura sinistra”. Os políticos insistem na expressão “feito heroico”. Para mim, contudo, não se tratoude um “grande feito heroico”, como querem apresentar todo ano no dia 9 de julho, mas sim um mito que vem sendo reforçado.
RH Como isso ainda sobrevive?
VPB Porque naquele momento, como hoje, a intenção era mostrar que São Paulo é que sabe o que é bom para o Brasil. Pois foi de São Paulo que veio o território brasileiro, por meio dos bandeirantes. Foi de São Paulo que veio a luta pela Independência. Foi São Paulo que, em 1932, lutou pela democracia, pela legalidade, pela Constituição...
RH Mas havia um movimento separatista também, não é?
VPB Havia um desejo separatista em alguns setores. Mas não foi isso que desencadeou o conflito. Getulio quis apresentar 32 como um movimento separatista. Contudo, o separatismo, que curiosamente existe até hoje, nunca teve uma expressão efetiva na política. O mais importante era o discurso de São Paulo como a mola mestra do país.Ou seja, “ó, resto do Brasil, presta atenção, hein?” É o que se continua querendo dizer até hoje: São Paulo é a locomotiva que puxa todos os outros vagões. Este mito sobrevive porque ainda está vivo no presente. Até mesmo nos monumentos da cidade.
RH Poderia dar exemplos?
VPB O Parque do Ibirapuera e o obelisco onde estão enterrados os “heróis de guerra”, que está na capa do livro de meu doutorado. O nosso túnel se chama 9 de julho. Em 2002, tentaram trocar o nome do túnel. Meu Deus! Foi uma polêmica nos jornais. Acabaram trocando oficialmente, mas não pegou, pois o nome que fica é o da Avenida 9 de julho, embora quase ninguém saiba o que a data significa. As ausências também são bastante significativas. São Paulo é a única capital do Brasil que não tem uma importante e central Avenida Getulio Vargas.
RH A produção bibliográfica sobre o assunto também é enorme.
VPB Sim. Eu mesma trabalhei com vários livros de memória que foram feitos logo depois da revolução. A maioria era escrita por paulistas. O curioso é que em geral os autores não eram escritores, mas advogados, jornalistas, engenheiros, médicos... Pessoas que participaram da guerra civil. E eu li mais de 60 livros. Em um deles, encontrei uma menção a algo que estava escrito em um muro de uma cidadezinha que se chama Capão Bonito, em 1932: “Puxa, se agora os paulistas não ficarem curados de revolução, nunca mais”. Porque realmente foi um sacrifício muito grande. Às vezes me pergunto se essa memória dos combatentes, que em sua maioria não fica fazendo a celebração da revolução, tivesse vencido...
RH Foi uma voz silenciada?
VPBEu acho que não foram voluntariamente silenciadas. E sim porque a memória oficial do estado conta a Revolução de 32 como o maior feito paulista do século XX, assim como fazem com os bandeirantes no século XVII. O que ficou foi essa memória dominante. As demais se esvaíram, entendeu?
RH Podemos dizer que a Revolução de 1932 se deu em um momento de incorporação do operariado?
VPB Sim. Getulio começava a pensar com seus colaboradores em uma legislação para a classe. De um lado, o comunismo aparecia naquele momento, juntamente com o fascismo, como uma das opções ao liberalismo. Do outro, havia a defesa de uma ideia liberal, da Constituição, etc. Mas quem leu os jornais da época sabe que não era isso exatamente que estava em pauta e desencadeou o conflito. São Paulo estava perdendo a hegemonia que desfrutava na República Velha. Essa foi a questão decisiva. Getulio estava tirando a gestão do negócio do café da mão dos paulistas.
RH Mas havia também uma questão envolvendo os migrantes, certo?
VPB É verdade. O grande lema das elites era “São Paulo para os paulistas”. O “patriotismo paulista”, como gostavam de chamar, era uma coisa que vinha desde o final do século retrasado, construída, sobretudo, por meio do Instituto Histórico de São Paulo, e remontava ao movimento dos bandeirantes. Mas, ao mesmo tempo, como havia uma grande mão de obra nordestina vindo para São Paulo, as elites acabavam falando muito contra os “barrigudinhos” – como os nordestinos eram chamados. Você percebe que é uma raiz: o medo. É uma enorme arma política em qualquer situação. E para as elites de São Paulo, o medo atendia pelo nome de comunismo. Para outros, o medo era perder o emprego na mão dos nordestinos, ou mesmo dos militares que foram aqui colocados por Getulio, por causa da questão da intervenção. O curioso é que o medo do comunismo se encontra dos dois lados. Os militares comandados por Getulio também alimentavam essa preocupação. Lembro-me de ter encontrado um testemunho dizendo que o comunismo entrava em São Paulo com os soldados do Getulio Vargas.
RH Todas as classes sociais paulistas tiveram de se posicionar diante da revolução?
VPB Podemos dizer que sim. A arregimentação popular foi muito benfeita, apelando-se para sentimentos, medos, gosto masculino pela guerra, entre outros. Algumas fábricas mudaram sua rotina para produzir armas. Havia batalhões só de negros. A imprensa paulista apoiou em peso a causa. Porém, muitos não foram para o conflito. Você conhece a piadinha do “Ou mato ou morro”? Porque não se sabia se o rapaz iria para o mato ou para o morro em fuga. Tem histórias de gente que recebeu calcinhas femininas dos exaltados pró-32. Para dizer “ah, você não foi? Então você é um maricas. Você merece usar é calcinha, não cueca”.
RH A imprensa chegou a ocultar os reveses da revolução?
VPB Ah, lógico. Até a véspera, parecia que os paulistas iam ganhar. Sempre que vinha uma notícia ruim, a coisa era logo transformada em boato. Tudo de ruim era boato. Pouco antes do fim do conflito, um dos seus líderes civis chegou a dizer: “Já foram nossos homens, nossos jovens, se for preciso irão nossos meninos dizendo ao mundo como o Brasil precisa de uma Constituição, da liberdade”. Como disse o Getulio Vargas, é uma “aventura sinistra”. Agora, é importante sublinhar que não se tratava de uma política partidária.
RH Como assim?
VPB Eu me lembro de um lindo testemunho que a Gilda Mello e Souza deu quando proferiu uma palestra no lançamento do meu livro Memória Paulista. Ela era prima de Mário de Andrade, membro do Partido Democrático, o PD, que então se aliou ao Partido Republicano Paulista, o PRP. Ela contou que, quando a Revolução foi proclamada, ele se sentou ao piano e tocou o Hino Nacional com lágrimas nos olhos, e depois não lutou diretamente em 32.
RH A participação popular inaugurou uma nova forma de presença do povo na vida política?
VPB Os primeiros comícios realmente com presença popular em praça pública foram os da Aliança Liberal, de 1930. Aí o povo foi para a rua, para a eleição de 1930, e depois não saiu mais até hoje. Eram tempos em que tudo parecia realmente possível. O debate político criava essa sensação de que tudo era possível. Esquerda? Direita? Comunismo? Socialismo? Presidencialismo? A resposta viria em 1937 com o Estado Novo. Foi o viés autoritário de Getulio e das elites próximas a ele, de boa parte da sociedade brasileira. Esses momentos revolucionários são muito fortes. É quando o país se repensa. Os intelectuais, os políticos, os literatos, os interessados em pensar o país estudam o seu passado e preveem um pouco o seu futuro a partir do presente.
RH Qual foi o impacto da derrota da revolução?
VPB Para a imprensa paulista, não foi uma derrota. Tampouco para os envolvidos. Eles perderam a luta, mas ganharam a guerra. Afinal, veio a Constituição. Inicialmente, houve um certo gelo a Getulio, a tudo que o representasse. Mas isso esmoreceu com o tempo. O que ficou foi essa memória oficial que fez tudo para manter a guerra viva como o grande mito do século XX.
RH Assim como o mito do bandeirante?
VPB Isso é a base do regionalismo paulista. Os paulistas são os bandeirantes. É como eu disse: o Brasil é grandão assim por quê? Ora, porque os paulistas foram lá com as suas bandeiras. O Brasil é independente por quê? Porque quando D. Pedro estava aqui, se animou com os paulistas e fez a independência no riacho do Ipiranga. Entende? É uma coisa muito sutil. Uma construção. Assim como temos a Avenida 9 de julho, temos também a Avenida Bandeirantes, a TV Bandeirantes... Certa vez, peguei um discurso do Paulo Maluf que, se tirássemos de seu contexto, poderíamos pensar que aquilo datava de 32, ou seja, elogiando a grandeza de São Paulo comparada ao resto do país.
RH Como essas pesquisas a levaram aos estudos de gênero e às biografias?
VPB Porque, quando se chega a uma certa idade, você passa a pensar muito sobre o que significa uma vida, os caminhos que foram tomados e os que ficaram para trás. Então, quando comecei o meu curso, em 1956, era o momento do positivismo, dos grandes heróis, da história nacional. Depois, quando estava na pós-graduação, no final dos anos 60, a influência do marxismo era muito forte entre os nossos intelectuais. Os sujeitos históricos eram as classes sociais. O indivíduo ficava meio apagado. Depois, com o tempo, a gente repensou tudo isso. Uma vez, alguém me interpelou na PUC-SP, onde eu lecionava: “Você tinha que estudar só operário”. Era moda estudar os dominados, não os dominantes. Ninguém entendia por que eu queria pesquisar Getulio Vargas. Eu achava que alguém tinha que estudar as elites. Esse interesse pela biografia também vem de um curso que eu dei na Unicamp sobre os chamados Anos Vargas. Com o passar do tempo, fui cada vez mais me interessando pela biografia. E aí fiz esse trabalho sobre Gabrielle Brune-Sieler, uma mulher fora do comum para a época. É lógico que ele tem uma conotação de gênero. Ela desafiou o papel que a mulher deveria ter na família e na sociedade daquela época. Havia um laço íntimo entre nós duas.
RH Qual?
VPB Gabrielle era uma tia-avó do meu marido. Quando comecei as pesquisas, me diziam que ela tinha quatro malas de documentos. Nunca encontrei esse tesouro. Queria fazer umas perguntas a ela para as quais nunca consegui as respostas. Eu falava: “Minha próxima biografia vai ser de alguém vivo”. Alguém para quem eu possa perguntar as coisas. Daí, acabei desembocando na pesquisa que faço há cinco anos sobre o cineasta Ruy Guerra. Ele mora no Rio de Janeiro e, para nossa sorte, está muito bem aos 80 anos.
RH Como surgiu essa nova empreitada?
VPB Sempre fui apaixonada pelo cinema. E desde os anos 60 acompanho de longe a figura do Ruy Guerra, seus filmes, suas premiações. Cantei muita música com letra que ele fez, li crônicas dele no Estadão... Quando estava quase encerrando a Gabrielle, vi uma mostra sobre o Ruy no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo. Além dos filmes, tinha uma exposição sobre ele, algumas aulas, e, no fim, ele mesmo deu uma palestra. A pesquisa começou ali. O Ruy é uma pessoa que fez parte dos grandes lances do século XX.
RH Poderia falar um pouco sobre ele?
VPB Primeiro, ele viveu o colonialismo e sua derrubada. Ruy nasceu em Moçambique, então uma colônia portuguesa. Na década de 1970, envolveu-se com o trabalho do governo revolucionário de SamoraMachel e participou então do processo de descolonização do país. Depois, foi estudar em Paris, no momento em que surgia a Nouvelle Vague; veio parar no Brasil durante o Cinema Novo. Ele ainda sofreu censura nas letras, nos filmes, nas peças. É parceiro de Chico Buarque e de García Márquez. Viveu em Cuba e teve uma filha com a Leila Diniz, cuja gravidez corajosa marcou minha geração, liberando as posteriores. Eu queria viver uma experiência biográfica como esta. E acho que estou vivendo. Como ele é um cineasta, ou seja, vive da imagem, e um homem muito sedutor, eu queria mostrar a imagem dele também. E aí, com dois cineastas cariocas, comecei um documentário sobre o Ruy. Então, a essa altura da vida, ainda estou me lançando em uma atividade de registro de memória e história que não tinha feito até hoje. E estou gostando muito.
RH Quando poderemos ler e assistir ao resultado?
VPB Infelizmente, eu não sou jornalista. Se fosse, essa biografia já estaria pronta há muito tempo. Eu sou historiadora, e nós trabalhamos devagar, não é? Fazemos questão de ouvir muitas fontes, de pensar muitos aspectos. Escrevi alguns livros sobre nossa profissão que batiam nesta tecla. Na verdade, eu me preocupo muito com o ensino da História para os níveis fundamental e médio, com a divulgação da História. Não gosto muito daquela coisa da academia como uma torre de marfim isolada. Às vezes, na divulgação, as coisas acabam sendo simplificadas, é verdade. Temos de ter cuidado. É porque, na maioria das vezes, os historiadores contam mal, de um jeito chato, complicado, desinteressante. Agora, os divulgadores muitas vezes falsificam, simplificam. Mas é possível encontrar um meio-termo. Eu sempre digo: “Meu Deus! Não tem ninguém que não goste de uma historinha bem contada”.
Verbetes – Entrevista Vera Hercília Faria Pacheco Borges – RH 82:
Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982)
Historiador e autor de Raízes do Brasil, interpretação da realidade brasileira que marcou a década de 1930 e as gerações seguintes. Identificou no colonialismo elementos centrais da formação social e psicológica do brasileiro.
Mário de Andrade (1893-1945)
Escritor e poeta paulista considerado um dos criadores do Movimento Modernista. Em 1928, publicou Macunaíma, o “herói sem caráter”, que marca ainda hoje as discussões sobre a nacionalidade brasileira.
Aliança Liberal
Coligação política formada em 1929 por líderes de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Seus objetivos principais eram o rompimento com a “política do café com leite” que marcara o período anterior, e o apoio à candidatura de Getulio Vargas à Presidência da República em 1930.
É possível acessar documentos históricos relativos à Aliança no site do CPDOC/FGV: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos20/CrisePolitica/AliancaLiberal
Samora Moisés Machel (1933-1986)
Militar que liderou a Guerra de Independência da possessão portuguesa de Moçambique, tornando-se seu primeiro presidente em 1975. Morreu junto com 33 membros do governo de Maputoem misterioso acidente de avião.
Obras da autora
Getúlio Vargas e a Oligarquia Paulista: História de uma Esperança e muitos desenganos.1ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1979.
Tenentismo e Revolução Brasileira. 1ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1992.
Ensino de História: revisão urgente. 1ª ed. São Paulo: Educ/Comped/Inep, 2000. (coautora)
Em busca de Gabrielle. 1ª ed. São Paulo: Alameda, 2009.
Entrevista - Vavy Pacheco Borges
Marcello Scarrone