Quando a Corte portuguesa chegou ao Rio de Janeiro em 1808, a notícia foi recebida em Pernambuco com certa euforia. Desejosa de maior autonomia e certa de sua importância, a província viu nesse evento a possibilidade de mudança. Mas suas expectativas logo foram frustradas. A presença da família real na América Portuguesa beneficiou o Brasil, mas não todas as suas regiões. O Rio de Janeiro se firmou como centro do poder, enquanto as províncias do Norte foram sujeitas a pesados impostos e pouquíssimas vantagens.
Diante desse cenário, em fevereiro de 1817, uma revolta se alastrou pelas ruas do Recife, culminando num governo provisório com tendência separatista e republicana. Mas antes que o esboço de Constituição começasse a vigorar, o movimento se enfraqueceu por falta de apoio externo e desavenças internas, principalmente entre os proprietários de terras. Os revoltosos, depois de um bloqueio marítimo, não conseguiram mais resistir. Em 12 de junho de 1817, Domingos José Martins, Padre Miguelinho e José Luiz de Mendonça, os principais líderes da Revolução Pernambucana, foram arcabuzados, o que interrompeu a luta local contra o governo central.