Rio de Janeiro, 1926. Uma multidão de mulheres se preparava para o concurso que escolheria a “Rainha do Cinema”, numa época em que a máquina de sedução criada por Hollywood ainda estava em seus primórdios. A ideia de alçar certos atores “fotogênicos” à categoria de estrelas era uma tentativa de aumentar o público e os lucros da produção cinematográfica.
A busca por uma “rainha” foi uma reação à década anterior, dominada pela produção dos Estados Unidos. Historiadores do cinema brasileiro, como Paulo Emílio Salles Gomes e Alex Viany, viram na década de 1910 um período fundamental para a expansão do domínio de Hollywood no mercado nacional. Nessa época, o grande número de títulos norte-americanos nas salas brasileiras pode ser considerado um efeito da política adotada pelos estúdios dos EUA em escala mundial: controlar o mercado por meio dos exibidores e do público. A fabricação de estrelas de cinema era uma das formas de garantir esse monopólio. (...)
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Estrela das telas
Pedro Lapera