István Jancsó

  • “Fomos atropelados pela História”, definiu István Jancsó a certa altura da conversa. Ele se referia ao sufoco da guerra, que arrancou sua família da Hungria natal. Mas o que poderia ser encarado como infortúnio virou oportunidade. Rejeitando o isolamento dos imigrantes, seus pais lhe proporcionaram um novo país. Depois de estudar em escolas públicas, virou comissário de bordo para explorar a diversidade brasileira.

    Por mais longe que fosse, não perdia de vista seu objetivo maior desde a adolescência: virar professor de História. Não demorou a alcançar este sonho, e foi além. Viveu a efervescência cultural da USP no início dos anos 1960, sob a luz de grandes mestres. Transferiu-se para a Bahia, onde deu nova interpretação à Inconfidência local e ainda adquiriu o charme adicional de incluir em sua fala “oxentes” quase tão freqüentes quanto vírgulas. Militou contra a ditadura, foi preso e exilado.

    Em 2007, seu nome ganhou manchetes em jornais quando atuou como mediador na desocupação da reitoria da USP, invadida por estudantes. Para as críticas de que não deveria se envolver nesses assuntos, a resposta vem com a naturalidade de quem sabe o que faz: “Sou professor, tinha que estar perto dos meus alunos”. E ainda louva os métodos de comunicação dos estudantes, numa lição de democracia.

    Vale dar crédito à opinião de quem já foi atropelado pela História. István Jancsó aprendeu a surfar nela.

    REVISTA DE HISTÓRIA Como apresentar István Jancsó?
     
    ISTVÁN JANCSÓ
    Sou um professor de História acima de tudo. Desde os 16 anos, sempre esteve claro para mim que o que eu queria mesmo ser era professor de História. A idéia me encantava. O curioso é que eu ainda nem pensava, a essa altura, em ser historiador, alguém que escreve livros. Queria ensinar, formar gente. Só descobri que o ensino e a pesquisa andam juntos quando entrei na faculdade.

    RH Como era a Hungria do entre guerras?

    IJ Era uma sociedade marcada pelo trauma do Tratado de Trianon, que reorganizou o mapa da Europa em 1918/19. O país perdeu dois terços do território, e era um Estado multinacional, com hegemonia dos húngaros étnicos, que é um conceito difícil de ser precisado. Eles colocaram em segundo plano outras etnias, como os eslovacos no norte, os croatas, os romenos da Transilvânia, e assim por diante. Essas regiões foram separadas da Hungria. Minha família é originária da Transilvânia, atual Romênia, mas se estabeleceu no começo do século XVIII no que hoje é a Eslováquia. Após o Tratado de Trianon, a família do meu pai se radicou na Hungria, na sua atual configuração. Meu pai era oficial do Exército, e quando veio a Segunda Guerra, ele integrou a frente russa. A Hungria estava aliada ao Eixo. No fim da guerra, meu pai não quis voltar para o país e optou pela emigração. A Hungria dele havia acabado. Essas foram as suas palavras.

    RH Eles sempre quiseram vir para o Brasil?

    IJ Não. Eles não sabiam direito para onde ir. A primeira possibilidade em aberto foi o Canadá. Mas na frente russa meu pai teve os pés congelados, então o Canadá não era uma boa opção. A alternativa foi o Brasil. E eles decidiram vir em condições razoavelmente complicadas: não sabiam a língua, tinham dois filhos e nenhum recurso. Chegamos ao Brasil em 1948, no porto do Rio de Janeiro. Eu tinha nove anos. 

    RH Entre a Hungria e o Brasil, onde viveram?

    IJ Em acampamentos de refugiados de guerra. Era uma situação absolutamente provisória. Foi lá que eu fui alfabetizado, em húngaro. Ler era a coisa menos perigosa que as crianças podiam fazer, na perspectiva dos pais. O fato é que eu aprendi a ler e imediatamente gostei, aprendi a gostar muito de leitura. E lia o que parava na minha frente. Oxente: aos doze anos, já conhecia praticamente tudo o que era relevante do romantismo húngaro, tanto na poesia quanto na prosa, como Mór Jokái, os poetas Petöfi, Arany, entre muitos outros.

    RH Vocês se integraram a alguma colônia húngara?

    IJ Não. Minha mãe sempre recusou a idéia de criar os filhos como imigrantes. Quando D. Emílio Jordan, o abade dos beneditinos húngaros, procurou meus pais e ofereceu o Colégio Santo Américo para que os filhos estudassem lá de graça, eles recusaram. Queriam que estudássemos em escola pública, pela integração na vida brasileira. Eu e meu irmão fizemos todo o secundário em escola pública. Foi onde aprendi a gostar do Brasil. A minha curiosidade era de tal ordem que, quando terminei o secundário, arranjei um emprego de comissário de bordo e passei dois anos viajando de Norte a Sul, de Leste a Oeste, em 1958 e 1959. Trabalhava para uma empresa que não existe mais, a Real Aerovias.

    RH O que mais o marcou nessas viagens?

    IJ A diversidade. As pessoas não imaginam o que era esse Brasil do final da década de 1950. O norte do Paraná, por exemplo. Havia cidades pujantes, como Londrina, e verdadeiros faroestes, como Paranavaí. Sabe aquela coisa que as pessoas vêem em filme western americano? Paranavaí era assim. De repente, na semana seguinte, eu estava em Salvador, com aquela configuração urbana estonteante. Depois, ia para Manaus e aprendia a tomar tacacá sem saber o que era.

    RH E começou a aprender como funcionava ao país?

    IJ Me impressionava a ausência do Estado. Uma história ficou gravada na minha lembrança: um dia aterrissamos em Ipameri, no sul de Goiás, e o rapaz que fazia a descarga tinha um furúnculo enorme no braço. Virei para ele e disse: “Por que você não vai ao médico?” Não tinha médico na cidade. Eu havia feito cursos de primeiros socorros e o ajudei. Umas três semanas depois, quando voltamos à cidade, umas seis ou sete pessoas estavam esperando atendimento. Eu tinha virado o doutor da cidade (risos).

    RH Quando ingressou no curso de História da USP?

    IJ Em 1960. Já estava encantado com a História, mas com a cabeça de um jovem cuja visão de mundo foi formada em um contexto familiar de absoluta recusa aos movimentos de esquerda. Na minha casa, a esquerda significava a perda de todo um modelo de vida. Muito engraçado foi a primeira vez que percebi que uma pessoa podia ser comunista e boa gente. Era o pai de uma das meninas cuja casa a gente freqüentava. Alguém me confidenciou que o Doutor Saulo era comunista. “Não pode ser! Ele é muito boa pessoa” (risos).

    RH Isso mudou já na graduação?

    IJ Claro. A política era uma coisa do cotidiano. Descobri valores que antes me tinham sido negados. Devo isso a professores extraordinários, como Emilia Viotti da Costa, Fernando Novais, Sérgio Buarque de Holanda, Antonio Candido e Florestan Fernandes. Quando terminei o curso, fui convidado pelo professor Eduardo de Oliveira França para trabalhar na cadeira de História Moderna e Contemporânea. Comecei a dar aulas em março de 1964, no ano do golpe militar. Nessa época, já me tinha por gente de esquerda.

    RH O ambiente cultural da época também ajudava?

    IJ A gente vivia em um ritmo alucinante e com uma diversidade extraordinária. O ambiente da Maria Antônia [então sede da USP] transcendia a universidade: era uma constelação extremamente rica e criativa e pulsante do ponto de vista cultural. A Faculdade de Filosofia, as noites de poesia no Teatro de Arena, os centros culturais, os bares daquela região, a biblioteca municipal, a cinemateca e, por incrível que possa parecer hoje, o jornal O Estado de S. Paulo. É difícil imaginar a importância que teve naquela época, para toda uma geração de intelectuais, o suplemento literário dele. Aquilo era leitura obrigatória, pela qualidade das colaborações, dos debates suscitados. E havia os cinemas do centro de São Paulo. Quando vinha um Bergman era um acontecimento. Eu vi quase todos os grandes filmes do Andrzej Wajda no Cine Coral, na Rua Sete de Abril. E tudo isso estava organizado em torno de uma coisa quase mítica: o Brasil. O Brasil era, naquele momento, colocado para a minha geração como um problema teórico-prático. Fiquei com a idéia de que, para conhecer o Brasil, era preciso ir ao Nordeste. Por isso, aceitei um convite para ensinar na Universidade Federal da Bahia, em 1966.  

    RH É daí que vem o seu "oxente"?

    IJ Não é só o oxente. Tenho dois filhos baianos, nascidos em Salvador. E cheguei à Bahia num momento muito bom. Tive o privilégio de ser aceito como integrante de um grupo de extrema qualidade. Entre eles estava João Ubaldo Ribeiro. Éramos quase vizinhos e nos tornamos muito amigos. Ele é de uma inteligência extraordinária, de um senso de humor entre ácido e suave, com domínio da língua, das possibilidades. E muito generoso pessoalmente. Aprendi o segredo da culinária baiana na casa dele. A Bilô, que era então a mulher dele, cozinhava extraordinariamente. A gente tinha uma turma e se reunia para conversar, ir à praia, beber, jogar pôquer, discutir. Tivemos algumas experiências fantásticas, como a reforma universitária imposta pelo Ministério. O reitor baixou um documento, e para manter as aparências de debate democrático, deu 48 horas para que o corpo docente se manifestasse. Aí resolvemos encarar essas 48 horas. O João Ubaldo adorava novas tecnologias e era o único da geração que tinha uma máquina de escrever elétrica. Então a gente conversava, fazia o esboço da crítica e ele já ia passando direto para a máquina elétrica. Produzimos o documento e protocolamos.

    RH Sua militância política nasce nesse período?

    IJ Sim, construímos na Bahia uma estrutura política centrada em educação de base, visando inclusive à restauração do sindicalismo de oposição. Acabei me envolvendo nisso de corpo e alma. Nós organizávamos grupos de reflexão sobre sindicatos e chegamos a fazer uma publicação regular chamada O Círculo. Era uma publicação que rodava por todo o Nordeste, distribuída de mão em mão. Em um encontro em Recife, já no começo dos anos 70, uma pessoa acabou sendo presa com parte desse material. A coisa então se complicou. Eu precisava sair do Brasil. Então, fui para a França.

    RH Quando voltou?

    IJ Passei dois anos lá. Foi um período extraordinário do ponto de vista acadêmico. Tive o privilégio de ser aceito no seminário de Pierre Vilar e fui contratado para dar aulas na Universidade de Nantes. Mas sempre quis voltar. Até que um dia, alguns companheiros de organização foram a Paris e perguntaram se eu toparia retornar. Só para fazer política. A idéia era montar uma estrutura de assessoria a programas de base, um pouco sob o guarda-chuva da Igreja. Minha mulher concordou e voltamos em 1972, no governo do Médici. O combinado com o professor Vilar era o seguinte: eu terminaria a tese no Brasil, traduziria para o francês e retornaria à França para defendê-la. Não consegui cumprir o acordo.

    RH Por quê?

    IJ Fui preso em Ijuí, no Rio Grande do Sul. Estava no Brasil fazia pouco mais de um ano. Esse é um episódio triste. Quando ocuparam o meu apartamento no Rio, levaram vários papéis, inclusive a tese pronta em português. Nunca mais a revi. Certa vez, perguntei a um tenente se eu poderia reaver os meus documentos que tinham sido levados para análise. Esse cidadão levanta da cadeira, olha para mim e me faz a seguinte pergunta: "O senhor está insinuando que o Exército brasileiro roubou alguma coisa da sua casa?" Eu disse: "Imagina, tenente" (risos).

    RH Foi essa trajetória política que o levou à Inconfidência Baiana?

    IJ Com certeza. Meu interesse pelas inconfidências em geral não é apenas acadêmico, diz respeito também à minha própria trajetória política. Eu quis entender o que significava fazer política naquele contexto de crise do Antigo Regime.

    RH E o que descobriu?

    IJ Ficou claro para mim que as análises sobre a Inconfidência Baiana deviam considerar também as elites política e letrada da Colônia. Todo esse processo estava centrado em um ponto de encontro entre homens despossuídos e a elite. O problema é que não havia muitos documentos para comprovar o que eu estava a dizer. O único papel era aquele testemunho que o governador produziu para inocentar Francisco Agostinho Gomes. Era evidente que aquilo foi feito com o propósito de inocentar alguém da mais rica elite baiana. Essas ações políticas não se devem ao acaso.

    RH A Inconfidência Baiana teria então uma enorme abrangência social?

    IJ Exatamente. E por pura sorte um documento extraordinário veio cair na minha mão. Um aluno meu, a quem a professora Anita Novinski entregou o documento para ser transcrito, me procurou e disse: "Professor, acho que isso te interessa”. Li e fiquei deslumbrado. Era o processo contra dois ingleses presos em Salvador por tentativa de passar moeda falsa. Os ingleses contam que José Borges de Barros, preso na Inglaterra, concebeu todo um mecanismo de falsificação de dinheiro para levantar fundos e financiar a revolução no Brasil. Esse documento foi incluído na reedição do livro Na Bahia, contra o Império. 

    RH Quem foi José Borges de Barros?

    IJ Ele era irmão do Domingos Borges de Barros, que será conhecido depois como visconde da Casa Branca. Esse cara foi maçom. As peças começaram a se encaixar: ele fazia parte da mais prestigiada elite baiana. Tudo indica que se perdeu depois. Cheguei a encontrar referências dizendo que ele teria morrido como revolucionário na Irlanda.

    RH Por que a Inconfidência Baiana é menos conhecida do que a Mineira?

    IJ Olha, isso mereceria um estudo mais consistente. O fato é que os mártires da independência baiana eram menos palatáveis para as elites que construíram o Império. Eles não podiam competir com aquela elite mineira, que acabou transferindo toda a responsabilidade para um militar da baixa oficialidade, mas oficial. Lucas Dantas não era algo que coubesse nessa história. A natureza de classe o desqualificava da condição de ocupar o mesmo nível de Tiradentes. Nem mesmo na Bahia. O Brasil não comporta heróis populares.

    RH Você esteve envolvido com a desocupação da reitoria da USP em 2007. Qual é a sua análise sobre o episódio?

    IJ Vamos pontuar bem as coisas. O episódio: os estudantes ocuparam a reitoria e alguns funcionários aderiram. Manifestei-me publicamente contra a ocupação. Só que, a partir do momento em que ela se deu, precisávamos buscar uma saída. Um grupo de professores – Chico de Oliveira, Paulo Arantes, João Adolfo Hansen, Luís Martins e eu – achou que poderia intermediar a negociação entre as partes: os estudantes e a direção da USP. Imediatamente tentaram carimbar a gente como um grupo de notáveis. Mas nós só queríamos evitar um desastre. Você imagina qual seria hoje o clima na universidade se a reitoria tivesse sido desocupada por uma tropa de choque?

    RH Por que decidiu participar da negociação?

    IJ Achei que era minha obrigação estar lá. Sou professor, tinha que estar perto dos meus alunos. É inerente à condição de educador. Até para dizer que era contra. E eu disse isso: continuava achando que a ocupação era um equívoco. Nenhum de nós achava que esse era o instrumento adequado. Mas com absoluta lealdade, não jogando para público nenhum.

    RH A experiência no movimento sindical o ajudou?

    IJ Certamente. Acho que tive algum papel em detectar o momento exato em que aquela ação poderia ser útil. Provavelmente, se a gente tivesse levantado essa hipótese uma semana antes, não teria dado em nada. E uma semana depois, a polícia já teria desocupado. É claro que essa capacidade de análise política ajudou muito. Conseguimos assinar dois acordos: a desocupação pacífica do prédio e a paz com o sindicato de trabalhadores. Na época, colocaram palavras na minha boca. Afirmaram que eu havia dito que esse era o movimento mais bonito que já tinha visto. Mas só costumo usar esse tipo de adjetivo para qualificar mulheres (risos).

    RH O que disse então?

    IJ O que estava querendo dizer é que havia uma combinação extraordinária de coisas novas e antigas. Ao mesmo tempo em que os estudantes estavam recorrendo a instrumentos de luta e enfrentamento arcaicos, eles ganharam a batalha da comunicação a tal ponto que, em determinado momento, professores e gente do governo estavam acompanhando não os comunicados da reitoria, mas o blog dos alunos da ocupação. O que aparecia na imprensa escrita e na televisão parecia coisa de velho caquético diante da criatividade da juventude, dos meios de comunicação dos estudantes. Era uma coisa absolutamente democrática.

    RH Como nasceu o projeto da Biblioteca Brasiliana Digital?
     
    IJ Eu era diretor do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e queria evitar que aquele gesto admirável do doutor José Mindlin, de doar a biblioteca dele à USP, se perdesse. Ele ofereceu seus livros em 1999, e em 2002 ninguém mais falava no assunto. Uma das metas da minha gestão era nos aproximar da Biblioteca Mindlin, trazê-la para cá e juntar os acervos em um centro de manejo de novas tecnologias na área das Humanas, um espaço à disposição de estudantes em formação. Você imagina: as bibliotecas da USP reúnem seis milhões e meio de volumes. E com uma brasiliana extraordinária. Pense não só nos acervos da biblioteca Mindlin e do IEB, mas também no da Faculdade de Direito. O projeto está sendo pilotado pelo professor Pedro Puntoni, que já tem uma equipe, recursos e alguns equipamentos sofisticados, como um scanner robotizado. Disso resultam promessas de novos apoios. Estamos conversando com a Fundação Calouste Gulbenkian, de Portugal, a respeito de um laboratório de restauro e conservação que seja também um centro de formação de profissionais. A meta é colocar tudo on-line, com acesso universal e irrestrito.

    RH Como foi a repercussão do projeto?

    IJ A demanda surpreendeu até os mais otimistas. No primeiro mês, registramos 35 mil acessos de cento e tantos países. Tem gente consultando até na China. Confesso, no entanto, que o que mais me emociona é saber que nossos colegas do Amapá, do Acre, muitos deles do ensino médio, também têm acesso a esse material. No fundo, a idéia é restaurar uma relação com o Brasil, pensá-lo como um problema teórico e prático dotado da mais alta urgência. Esse é o projeto.

    Saiba Mais - Obras do Autor:

    Na Bahia, contra o Império – História do ensaio de sedição de 1798. São Paulo: Hucitec, 1996.

    “A sedução da liberdade: cotidiano e contestação política no final do século XVIII” in: SOUZA, Laura de Mello e (org.) e NOVAIS, Fernando A. (dir.).

    História da vida privada no Brasil – Cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p.387-437.

    Brasil: Formação do Estado e da Nação. São Paulo: Hucitec, Editora Unijuí, Fapesp, 2003.

    Festa. Cultura e sociabilidade na América portuguesa. São Paulo: Hucitec/Fapesp/Edusp/Imp.Of. do Estado, 2001, 2 vol. (co-autoria com Íris Kantor).

    Saiba Mais - Verbetes:

    Tratado de Trianon

    Assinado em 1920 no Palácio Petit Trianon, em Versalhes (França), após a Primeira Guerra Mundial, regulou a situação do novo Estado húngaro criado com o fim do antigo Império Austro-Húngaro, derrotado no conflito. Pelo tratado, o país perdeu dois terços de seu território e quase dois terços de sua população.

    Pierre Vilar (1906-2003)

    Historiador francês, dedicou-se particularmente a estudos sobre a história da Espanha. Professor da Sorbonne e da École des Hautes Études de Paris, foi um dos criadores da noção de “história total”.

    José Mindlin

    Advogado, empresário e bibliófilo brasileiro, recentemente doou cerca de 15 mil títulos de sua Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin à USP. Considerado o mais valioso fundo bibliográfico de caráter privado do Brasil, a biblioteca contém livros, manuscritos e material iconográfico de grande importância.