Maravilha de cenário

  • Numa segunda-feira, ao chegar para trabalhar, Mônica Rizzo encontrou o Centro de Processamento Técnico da Biblioteca Nacional repleto de sangue. O incidente ocorrera na véspera: um homem havia caído do armazém. Ela nem se abalou. Passou um pano na mesa e iniciou o expediente. Já faz 18 anos que a tragédia aconteceu, mas a funcionária relembra o caso como se tivesse ocorrido ontem. Aos risos. “Quando eu cheguei, tinha ketchup para todos os lados”.

    Gravada na véspera pelo cineasta Walter Salles, a queda era nada mais que uma cena do filme “A grande arte” (1991), rodada nos armazéns da BN. Após as filmagens, a produção se esqueceu de limpar o sangue cenográfico. No dia seguinte, houve quem levasse um susto ao se deparar com as manchas vermelhas. “O pessoal achou que tinham assassinado alguém ali”, diverte-se Lizete Maria dos Santos, pesquisadora da Biblioteca há 30 anos.

    Com sua arquitetura pomposa, a Biblioteca Nacional volta e meia vira cenário, no telão ou na telinha. Seus corredores e móveis já apareceram em filmes, novelas, anúncios publicitários e até em desfile de moda. As solicitações sempre chegaram aos montes. Mas nem todas são atendidas. (...)

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