A Segunda Guerra Mundial acabou em 1945, mas os corpos dos 462 pracinhas só voltaram do Cemitério Brasileiro em Pistoia, na Itália, em 1960. A ideia era repatriá-los de imediato, mas a lei italiana só permitiu que fossem retirados do local muito tempo depois. No mesmo ano, foi inaugurado o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro. Este mês, são comemorados os 50 anos do mausoléu, com apresentação da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais e exposição de equipamentos e viaturas militares.
Selecionado em um concurso com mais de 20 projetos arquitetônicos, o desenho de Hélio Ribas Marinho e Marcos Konder Netto sofreu alterações durante as obras. “Em vez de uma mãe carregando o pracinha morto, foi erguida a estátua dos três pais da pátria, que representam o Exército, a Aeronáutica e a Marinha”, conta o historiador Francisco César Ferraz, da Universidade Estadual de Londrina.
No mausoléu, há 15 jazigos sem nomes gravados. Eles pertencem a mortos não identificados, e um deles passou a simbolizar o “Soldado Desconhecido”. De acordo com Ferraz, o cemitério de Pistoia também guarda os restos de um soldado brasileiro desconhecido. Ao lado dele foi instalado um marco em homenagem aos combatentes.
Serviço:
O monumento fica na Avenida Infante Dom Henrique, 75 – Glória.
Visitas de terça a domingo, das 10h às 16h.
Meio século de paz
Cristina Romanelli