Há pouco mais de dois anos, a equipe da Revista de História visitou o Arquivo do Estado do Rio de Janeiro e se deparou com um cenário desolador: teto desabado, fios soltos, goteiras e pombos sobre preciosos documentos dos séculos XVIII e XIX. De lá para cá, muita coisa mudou. O teto já está no seu devido lugar, o prédio ganhou refrigeração e fiação elétrica novas, e a documentação vem recebendo um tratamento todo especial. Mas as mudanças não param aí.
“Não se trata apenas de uma casa reformada por fora. Tudo foi acompanhado de uma mudança nos nossos processos de trabalho. Agora tudo está informatizado, toda a equipe foi treinada. E isso também permitiu uma renovação na área de tratamento arquivístico”, conta Paulo Knauss, diretor-geral da instituição desde junho de 2007.
Entre os projetos recentes está a nova gestão dos documentos estaduais. Na prática, isso quer dizer que o Arquivo se tornou o principal responsável pela documentação pública produzida em todo o Rio de Janeiro. Um dos primeiros resultados desse trabalho é a parceria com o Judiciário na organização e incorporação de cerca de 1.500 códices com registros cartorários de municípios do interior do estado.
Os pesquisadores têm aprovado essas transformações. Na sala de consultas, que agora conta com bancos de dados digitais, máquinas de microfilmes e uma copiadora, o público dobrou em um ano.