A cidade de São Paulo se desenvolvia de modo acelerado nos anos 1940. O novo estilo urbano encantava alguns paulistanos, e o crescimento industrial era sinônimo de progresso. Para acompanhar essa generalizada sensação de desenvolvimento, a expectativa era que as artes seguissem o mesmo curso com expressões inovadoras. Nesse contexto, o Museu de Arte Moderna de São Paulo foi aclamado por muitos intelectuais como lugar para a expansão das vanguardas.
Fundada em 15 de julho de 1948 peloindustrial ítalo-brasileiro Francisco Matarazzo Sobrinho (1898-1977), a instituição assumiu a função de divulgar as novas tendências artísticas internacionais e nacionais promovendo exposições e bienais. Com o tempo, o museu foi assolado por crises entre os colaboradores e seu fundador, além da significativa instabilidade financeira.
Em 1963, Matarazzo declarou que não mais apoiava o museu e doou todo o acervo à Universidade de São Paulo. Arnaldo e Oscar Pedroso d’Horta, sócios, ainda tentaram reaver o patrimônio, mas não havia mais jeito. Com o passar dos anos, o museu foi se reestruturando lentamente a partir de doações de obras e de recursos financeiros. Apesar do baque, conseguiu atingir seu objetivo inicial: ser um dos maiores difusores da vida cultural nacional.