O roteiro do Fandango

  • O projeto leva o nome de museu, mas não tem endereço fixo, nem sede. É que para preservar a tradição do Fandango é preciso estar nas ruas, vivendo este folguedo com muita dança e música. Se no Nordeste a festa está ligada ao ciclo de natal, evocando batalhas entre mouros e cristãos, no Sul do país, carrega a herança ibérica, reunindo viola, rabeca, adufo (espécie de pandeiro) e machete (irmão do cavaquinho), que dão o tom dos versos de origem folclóricas e improvisados. O Museu Vivo do Fandango vai mapear a rede de artistas ligados a essa manifestação, do litoral sul de São Paulo até o norte do Paraná. “Trata-se de um roteiro de visitação, que vai ajudar a organizar e valorizar essa tradição dentro de suas próprias comunidades”, explica Joana Corrêa, coordenadora, ao lado de Alexandre Pimentel,  do projeto, uma iniciativa da Associação Cultural Caburé (RJ), que conta com patrocínio da Petrobras.  Marcando o lançamento do Museu, serão lançados, ainda no primeiro semestre deste ano, um CD duplo e um livro, resultado de mais de um ano de pesquisas e viagens aos municípios das regiões onde o Fandango se mantém vivo.  O circuito “fandongueiro” estará em breve no site www.museuvivodofandango.com.br.