Pinacoteca para todos

Vivi Fernandes

  • Em 2003, seu acervo chegou a ser chamado de “tesouro escondido” por um jornal paulista. Na época, a Pinacoteca Municipal de São Paulo já abrigava trabalhos de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Alfredo Volpi, Renoir, Marc Chagal e Frans Post e não tinha onde expor. De lá pra cá, esse acervo passou por um processo de informatização e digitalização e ganhou um espaço no Centro Cultural São Paulo – do qual faz parte – para realizar suas exposições. No próximo mês, bibliotecas, universidades e museus do país receberão gratuitamente o Catálogo da Pinacoteca Municipal de São Paulo – Coleção de arte da cidade.

    Criada em 1961, com obras que foram compradas para os gabinetes da prefeitura, a pinacoteca tem hoje 1450 obras, entre gravuras, desenhos e pinturas. Segundo a responsável pela Pinacoteca, Vera Toledo Piza, a riqueza da instituição está fortemente relacionada à sua história. “A coleção foi idealizada pelo crítico de arte Sérgio Milliet (1898-1966) quando era diretor da Seção de Arte da Biblioteca Municipal de São Paulo, atual Biblioteca Mário de Andrade. A publicação que pretende aproximar o público desse rico acervo”, diz Vera.

    Coordenado pela crítica de arte Stella Teixeira de Barros, o catálogo possui comentários sobre as obras e os artistas, um histórico e um texto crítico sobre a coleção, que foi o primeiro acervo público de arte moderna do país