Terra de heróis

Cristina Romanelli

  • Quinze soldados brasileiros contra quase 400 paraguaios. A batalha travada em 1864 no atual Mato Grosso do Sul não deu muita chance aos brasileiros. O líder deles, no entanto, é lembrado até hoje. O túmulo do tenente Antônio João e o monumento em sua homenagem ficam no local da batalha, onde funciona o Parque Histórico Colônia Militar dos Dourados. Mantido pelo Exército, ele ganhou o Prêmio Rodrigo Mello Franco de Andrade, do Iphan, no ano passado, e agora planeja mudanças.

    O local tem um museu com armamentos de diversas épocas, vestimentas e itens relacionados à Guerra do Paraguai (1864-1870). É um espaço pequeno, mas, segundo o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizada, um projeto de melhorias no acervo e de reformas está a caminho, em fase de captação de recursos.

    Enquanto isso não acontece, o principal chamariz continua sendo a história da batalha e do tenente Antônio João, que decidiu lutar praticamente sozinho contra os invasores. “Aqui no estado há monumentos, ruas e até uma cidade com o nome dele. Em certos períodos, como na ditadura, houve um resgate desses heróis”, conta Ana Paula Squinelo, historiadora da UFMS e autora de A Guerra do Paraguai, essa desconhecida (Ed. UCDB, 2002). Embora a fama seja do tenente, seus colegas de regimento o acompanharam. Morreram todos juntos na colônia.