“[A História do Brasil não deve] ser escrita de forma empolada, nem sobrecarregada de erudição ou de uma multidão de citações estéreis. Deve ser escrita em um estilo popular, posto que nobre”, já dizia o pesquisador alemão Karl Friedrich Philipp von Martius na década de 1840. O trecho foi publicado na tese vencedora do primeiro concurso do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), chamado “Como se escrever a História do Brasil”, e norteou a historiografia dessa instituição nos anos que se seguiram. Por meio dela, o conselho atravessou os anos e inspirou a Revista de História da Biblioteca Nacional na sua principal missão: divulgar o nosso passado em uma linguagem atraente para o grande público – e digna dele.
Já são sete anos de trabalho, que em outubro passado receberam uma ilustre homenagem. Na sessão magna do V Colóquio dos Institutos Históricos, o IHGB entregou uma placa comemorativa à RHBN por seu importante papel na divulgação do passado do país. O historiador Arno Wehling, presidente do IHGB, lembra que o gesto veio “em momento importante para o país melhorar seu nível cultural e educacional. A RHBN tem relevância inegável para a divulgação da História. Não só pela qualidade, mas pela atualidade das informações, importantes especialmente nas salas de aula”. A cerimônia foi prestigiada pelos representantes estaduais, conselheiros do Instituto e convidados.